A inflação dos alimentos em 2024 impactou significativamente o bolso dos brasileiros, e Campo Grande (MS) registrou o maior aumento entre todas as capitais do país. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta no setor de alimentação em domicílio na capital sul-mato-grossense chegou a 11,3% no acumulado de 12 meses.
🍊 Impactos da inflação e medidas do governo
A preocupação com a escalada dos preços dos alimentos tem gerado reações no governo federal. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, mencionou a necessidade de um “conjunto de intervenções” para conter os preços, sugerindo até a troca de produtos no consumo diário. Além disso, foi anunciada uma redução de alíquotas de importação para tentar frear os aumentos.
📊 Capitais com maior alta na alimentação em 2024
Os números do IBGE mostram que três capitais ultrapassaram a marca dos 10% de inflação no setor de alimentação em domicílio:
1️⃣ Campo Grande (MS): 11,3%
2️⃣ Goiânia (GO): 10,65%
3️⃣ São Paulo (SP): 10,07%
4️⃣ São Luís (MA): 9,56%
5️⃣ Rio Branco (AC): 9%
6️⃣ Belém (PA): 8,87%
7️⃣ Rio de Janeiro (RJ): 8,7%
8️⃣ Belo Horizonte (MG): 8,51%
9️⃣ Fortaleza (CE): 8,1%
🔟 Brasília (DF): 7,86%
1️⃣1️⃣ Vitória (ES): 7,62%
1️⃣2️⃣ Curitiba (PR): 7,45%
1️⃣3️⃣ Recife (PE): 5,95%
1️⃣4️⃣ Salvador (BA): 5,84%
1️⃣5️⃣ Aracaju (SE): 5,07%
1️⃣6️⃣ Porto Alegre (RS): 2,89%
🌍 Porto Alegre teve a menor inflação de alimentos
Na contramão da tendência nacional, Porto Alegre (RS) registrou a menor inflação no setor, com apenas 2,89%. O resultado foi influenciado por uma oferta mais robusta de alimentos, principalmente devido às doações recebidas após as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em 2023.
📉 Impacto na popularidade do governo
A alta no preço dos alimentos também teve reflexo na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo pesquisa Genial/Quaest, divulgada no dia 27 de janeiro, a desaprovação do governo atingiu 49%, ultrapassando a aprovação pela primeira vez desde o início do mandato. No Nordeste, região historicamente alinhada ao PT, a desaprovação saltou de 26% para 37% desde outubro de 2024.
🔎 Tendências para 2025
Com a continuidade da inflação elevada, especialistas indicam que o governo deverá intensificar medidas para controlar os preços, como incentivos à produção nacional e ajustes na política de importação. A expectativa é de que o cenário econômico continue desafiador nos próximos meses.