A cultura popular e a inclusão social ganharam um novo e importante capítulo em Campo Grande. Na noite da última sexta-feira, foi oficializada a cessão de uma área da União para a construção do Centro Sociocultural e de Inclusão da Escola de Samba Igrejinha, uma das mais tradicionais agremiações do Mato Grosso do Sul.
A assinatura do contrato ocorreu durante solenidade realizada na quadra da escola e reuniu lideranças políticas e representantes institucionais. Estiveram presentes a presidenta da Igrejinha, Mariza Fontoura Ocampos, a senadora Soraya Thronicke, o superintendente do Patrimônio da União em Mato Grosso do Sul (SPU/MS), Tiago Botelho, além do vereador Jean Ferreira.
🏛️ Articulação institucional e investimento federal
A destinação do terreno é resultado de uma articulação conjunta envolvendo a SPU/MS e parlamentares da bancada federal sul-mato-grossense. Contribuíram para a viabilização do projeto o deputado federal Vander Loubet, a deputada federal Camila Jara e a senadora Soraya Thronicke, em uma ação de caráter suprapartidário voltada à valorização da cultura e ao fortalecimento das comunidades periféricas.
A iniciativa integra o programa Imóvel da Gente, do Governo Federal, que tem como objetivo dar função social aos imóveis da União, destinando-os a políticas públicas nas áreas de cultura, educação, cidadania e redução das desigualdades. O investimento estimado com a cessão da área é de aproximadamente R$ 650 mil.
🎭 Cultura como política pública
Durante o evento, o superintendente da SPU/MS, Tiago Botelho, destacou a mudança na forma como o poder público passa a enxergar o samba e as escolas de carnaval.
“Chega do carnaval e do samba serem tratados como gasto. Quando a SPU destina uma área da União para uma escola de samba, demonstra que acredita na cultura, na periferia, no povo preto, nas mulheres, na diversidade e na comunidade LGBTQIA+. Esse terreno vai se transformar em educação, inclusão, oportunidade e dignidade”, afirmou.
O vereador Jean Ferreira reforçou que o projeto vai muito além do carnaval. Segundo ele, o Centro funcionará ao longo de todo o ano, oferecendo reforço escolar, oficinas e ações de geração de renda. “É o governo do presidente Lula chegando de forma concreta na vida das pessoas”, declarou.
Já a senadora Soraya Thronicke destacou o impacto social da iniciativa. “Investir em cultura é investir em pessoas. Estamos falando de crianças, jovens, mulheres e famílias que terão acesso à formação, acolhimento e oportunidades”, ressaltou.
🌱 Espaço permanente de transformação social
O futuro Centro Sociocultural e de Inclusão será um espaço voltado ao atendimento comunitário, com atividades contínuas. Estão previstos:
- salas de reforço escolar;
- aulas de dança e percussão;
- oficinas de corte e costura;
- atendimentos psicológicos, jurídicos e educacionais;
- ações voltadas a mulheres em situação de vulnerabilidade, crianças, adolescentes, pessoas com deficiência e famílias da comunidade.
O projeto prevê a construção de uma sede com cerca de 400 metros quadrados, com espaços multifuncionais e ações de educação ambiental, beneficiando diretamente cerca de 300 pessoas por mês.
🥁 Tradição e futuro
Fundada em 1975, a Escola de Samba Igrejinha é uma das mais tradicionais de Campo Grande e detém o maior número de títulos do carnaval local. Ao longo de seus quase 50 anos de história, a agremiação se consolidou como um importante agente de transformação social, mantendo projetos culturais e educativos durante todo o ano.
Com a destinação da área, o Governo Federal reafirma o compromisso de colocar o patrimônio público a serviço da população. Segundo Tiago Botelho, o próximo passo é avançar para a construção de um espaço de uso múltiplo, que possa sediar não apenas atividades carnavalescas, mas também eventos culturais, shows e ações comunitárias.