No Estado de Mato Grosso do Sul, cinco unidades de processamento de proteínas foram autorizadas a comercializar carne para a República Popular da China, conforme comunicado emitido pela Administração-Geral de Alfândegas da China (GACC) e recebido pelo Ministério da Agropecuária (Mapa) na última terça-feira (12). Agora, a Mega Carnes S.A., em Paranaíba; Frigorífico Nacional Ltda., em Nova Andradina; JBS Foods S/A, em Dourados; Agropecuária Pampa Ltda, em Três Lagoas; e Minerva Foods S/A, em Campo Grande, estão aptas a exportar para o mercado chinês.
“O Mato Grosso do Sul tem se destacado como um importante polo de exportação de carne bovina. A ampliação do número de frigoríficos habilitados para exportar para a China é crucial não apenas para a economia local, mas também para a melhoria dos preços internos e para o crescimento da balança comercial. Este é um avanço significativo que trará benefícios tangíveis para os produtores sul-mato-grossenses”, observou o secretário de Desenvolvimento Sustentável, Inovação e Energia, Ricardo Siqueira.
Atualmente, a China lidera como o principal mercado para a carne produzida no Mato Grosso do Sul, representando 25,83% da receita total, seguida pelo Uruguai com 18,39% e pelo Paraguai com 16,06%. Nos últimos cinco anos, a receita gerada com a exportação de carne bovina aumentou em 29%, enquanto o volume exportado registrou um crescimento de cerca de 3,03% no mesmo período.
“Dada a importância da China como nosso principal parceiro comercial, é fundamental que continuemos a expandir o número de frigoríficos habilitados. Essa conquista é resultado de esforços conjuntos entre o governo e o setor produtivo, demonstrando o compromisso em fortalecer nossa posição no mercado internacional”, enfatizou o secretário Ricardo Siqueira.
No âmbito nacional, um total de 38 unidades de processamento de proteínas foram autorizadas a exportar para a China, incluindo oito abatedouros de aves, 24 de bovinos, um estabelecimento de termoprocessamento de carne bovina e cinco entrepostos, marcando um marco inédito nas relações comerciais sino-brasileiras, dos quais um é dedicado ao abate de bovinos, três de aves e um de suínos. De acordo com o Mapa, parte das instalações foi submetida a auditorias remotas em janeiro deste ano, enquanto outras foram avaliadas presencialmente em dezembro do ano anterior. As equipes técnicas chinesas foram recebidas e acompanhadas por representantes do Ministério.
“Este é um momento histórico para ambos os lados. A China receberá produtos de qualidade a preços competitivos, garantindo o abastecimento de sua população, enquanto o Brasil verá a geração de empregos, oportunidades e o crescimento de sua economia. É um marco na relação comercial entre Brasil e China, e um avanço significativo para nossa agroindústria”, afirmou o ministro da Agropecuária, Fernando Ribeiro.
A China continua a ser o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina, suína e de aves, destacando-se como o maior parceiro comercial para a proteína animal. Em 2023, o país asiático importou 2,2 milhões de toneladas de carne do Brasil, totalizando mais de US$ 8,2 bilhões em transações comerciais. Até o início de março deste ano, o Brasil contava com 106 unidades de processamento de proteínas habilitadas para exportar para a China, sendo 47 de aves, 41 de bovinos, 17 de suínos e 1 de asininos.
Frigoríficos de MS que passarão a exportar para o país asiático:
Com informações de Comunicação Semadesc e Mapa
